domingo, 24 de outubro de 2010

MAIS UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DO OPALA



O Opel Rekord é considerado o "pai" do Opala, veja abaixo a semelhança com o nosso Opala.


Batizado com o nome de uma pedra, semi-preciosa, tipicamente brasileira, um quartzo de cor azulada, o Opala, incolor ao ser extraída do solo, mas que adquire múltiplos tons ao ser exposta à luz, e também, a fusão entre Opel e Impala, o carro da Chevrolet americana que lhe cedia o motor de seis cilindros.

Com plataforma baseada no europeu Opel Rekord C, e mecânica tipicamente americana, a Chevrolet deu uma cartada certeira no mercado brasileiro, deixando a carroceria do Opel Rekod  com a frente e a traseira semelhantes aos carros fabricados pela chevrolet nos Estados Unidos, conseguiram um design que agradou os brasileiros. A mecânica utilizada foi a mesma dos modelos utilitários da marca, tornando o Opala com manutenção simples, com uma grande quantidade de peças disponíveis e assistência técnica em quase todo o País. Outro grande acerto da Chevrolet foi a adoção de dois tipos de motorização, o quatro cilindros do Chevy Nova [2.509 cm³], e o seis cilindros da versão básica do opala [3.764 cm³], conseguindo com isso superar a crise do petróleo durante a década de 1970.

O Opala conseguiu se tornar um clássico digno de colecionadores experientes, mesmo antes de sua produção ser encerrada, algo raro não só no Brasil como no Mundo. O nome pegou e quando se ouve falar a palavra Opala no Brasil à primeira imagem que vem a cabeça é o automóvel e a não a pedra de quartzo. Oferecido inicialmente, somente carroceria de quatro portas nas versões, Opala Especial, Opala Luxo e Opala Gran Luxo. A carroceria cupê de duas portas foi oferecida somente a partir de 1972, com o novo motor de 4.100 cm³, que era facilmente identificada pela inscrição com os números 4100 nos pára-lamas dianteiros, próximo aos indicadores de direção.


Surgiu também à versão SS, com faixas decorativas, caíram no gosto dos mais jovens. A versão SS em 1974 passou a ter como opcional, aquele que se tornaria o mais desejado dos motores de Opala, o 250-S, com a intenção de obter homologação para as corridas, ele tinha taxa de compressão maior que a do motor 4100, coletor de admissão fundido em alumínio, e um comando de válvulas mais “brabo” para acionar os tuchos mecânicos, que anteriormente eram hidráulicos.



Em 1975 surgia a versão Comodoro, com algumas inovações como carburador de corpo duplo, câmbio manual de quatro marchas no assoalho [opcional], antes oferecido somente com três marcha na coluna de direção e o câmbio automático de três marchas, na coluna ou no assoalho [opcional]. Já em 1978, surgi aquela que seria a versão mais desejada dos anos 80, a Diplomata, que ficou tão famosa que muitos nem mais chamavam o carro de Opala, somente de Diplomata.
O Opala passou por três alterações de estilo, a primeira em 1980, com frente e traseira redesenhadas, ficando com visual mais quadrado e moderno, se diferenciava a versão diplomata pela inclusão de faróis de neblinas entre a grade e os faróis. Já em 1981 passou a contar com um novo painel de plástico injetável, com mostradores iluminados. Em 1985/86, surgiu à versão diplomata bicolor [saia e blusa], já em 1988 ganhou novos faróis, já com os faróis de neblinas embutido para todas as versões, e plástico unindo as lanternas traseiras, encobrindo o bocal do combustível, sendo que na versão Diplomata esse plástico era produzido com o mesmo material das lanternas traseiras, como se fosse uma só peça. No início dos anos 90, especificamente 1991/92 teve uma nova alteração de carroceria, contando com pára-choques de plástico envolventes, retrovisores embutidos junto aos vidros das portas, frisos laterais envolventes, novo interior, inclusive com a opção de bancos em couro, rodas aro 15', para a versão Diplomata, câmbio manual de cinco marchas e câmbio automático de quatro marchas. Mas nem todas essas alterações foram suficientes para o Opala resistir à liberação das importações.

Sua versão perua, a Caravan, também fez muito sucesso, e era disponível em todas as versões que dispunha o Opala.

Pelo confiável e o potente motor, sugiram vários carros com utilizando a sua mecânica, como o Puma GTB e Santa Matilde, bem como carros adaptados para competição, vale sempre lembra do sucesso da antiga Stock-Ca


HISTÓRIA DO OPALA





      Em 1966 a GM lança o projeto do primeiro carro brasileiro com a marca Chevrolet, "OPALA". O nome é dado pela fusão de dois produtos da GM no exterior (Opel e Impala).
Após dois anos de expectativa, o Chevrolet Opala é finalmente apresentado ao público brasileiro, no Salão do Automóvel em 1968, precisamente aos vinte dias do mês de novembro. Ele chega em quatro versões, todos quatro portas - Opala com 4 e 6 cilindros e Opala De Luxo também 4 e 6 cilindros, todos excepcionalmente confortáveis para seis pessoas, bancos dianteiros inteiriços, câmbio de três velocidades à frente com alavanca na coluna de direção, painel com poucos instrumentos, amplo porta malas e boa dirigibilidade.

     Ambas as versões do Opala possuíam mecânica convencional. O motor refrigerado a água, com válvulas na cabeça e comando no bloco. O modelo 6 cilindros era um dos veículos nacionais mais veloz devido a relação peso/potência e de maior aceleração (0 a 100 em 13,3 s). Dois anos depois (1970), a linha Opala começa a se diversificar - é lançada a versão Opala SS (Separetd Seats ou Assentos Separados) e Opala Gran Luxo com motores mais potentes.

O Opala SS possuía o câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho e faixas pretas, tornando-o mais esportivo.

     No ano de 1971 surge o Opala cupê, não possuia colunas laterais, o teto puxado para trás e perfil alongado, assim representava uma imagem mais esportiva, de carros compactos. Em seguida desapareceu a versão SS quatro portas, pois pelo aspecto esportivo era favorável sua apresentação em duas portas.

   Como opção permanente era oferecido dois tipos de caixa de mudanças: Três velocidades e alavanca na direção, ou quatro velocidades e alavanca no assoalho, onde a segunda opção oferecia maior agilidade, economia de combustível e melhor desempenho, especialmente para os modelos quatro cilindros.

    Foi em 1973 que toda linha Opala sofre as primeiras modificações. A que obteve maior resultado foi a da mecânica do 4 cilindros: aumentou-se o diâmetro dos cilindros e reduziu o curso dos pistões. Esse motor recebeu o nome de 151 e apesar da pequena alteração da cilindrada (2474cc), houve um considerável aumento de potência. Também foi introduzido o sistema de transmissão automática, sendo opcional para 6 cilindros, e em 1974 se estendia para os veículos 4 cilindros.

    Somente em 1975, o Chevrolet Opala sofre a maior modificação no seu estilo, foram redesenhadas as partes traseiras e dianteiras. O capô recebeu um ressalto central e, para maior segurança, redondos encaixavam-se em molduras quadradas; as lanternas dianteiras foram instaladas na ponta dos pára-lamas; a grade dianteira, pintada em preto fosco, agora apresentava dois frisos horizontais. Instalados na parte traseira, quatro lanternas redondas, as duas internas funcionavam apenas como refletores e seu centro branco como luz de ré. A parte interior também sofreu modificações estilísticas.

    A Família continuava a crescer: a perua Caravan chegava ao mercado em 1975. Um projeto iniciado em 1971, apresentado em uma única versão 4 cilindros, a perua Caravan, podia receber opcionais como motor 6 cilindros, transmissão automática, câmbio três ou quatro marchas, direção hidráulica ou outros, à escolha do comprador.


Caravan Station Wagon com motor de quatro ou seis cilindros e transmissão automática opcional.

    Lançou-se simultaneamente, nas versões cupê e quatro portas, o Chevrolet Comodoro que substituiria o Gran Luxo. Intitulado como o carro de maior status da linha, normalmente vinha equipado com motor 6 cilindros de 4.100cc, 184 cv de potência e 4000rpm, carburador de duplo corpo, transmissão manual de quatro marchas (ou automática) e direção hidráulica.

    A GMB lançou um carro especial: O cupê 250S, um carro com maior desempenho que satisfez os compradores de modelos esportivos. Sua maior diferença era a preparação efetuada no motor de 6 cilindros, que tinha a relação de compressão aumentada para 8,0:1, comando de válvulas trabalhado e carburação dupla. A potência passou a ser de 153 cv, superior a antiga, desse modo o Opala 250S obtinha a aceleração de 0 a 100Km/h em apenas 10s.






    Surgi o Opala em versão básica em duas ou quatro portas de motor 4 cilindros, substituindo os modelos Especial e De Luxo que saia do mercado. O modelo básico estava preparado para aceitar transformações com diferentes opcionais: motor de seis cilindros ou 250S; câmbio de três ou quatro marchas, manual ou automático; e direção hidráulica entre outras modificações. Assim a partir de um modelo básico era possível obter qualquer modelo da linha, desde o antigo Especial até o modelo Comodoro.

    Em 1975 os veículos foram equipados ainda com freio a disco nas rodas dianteiras, duplo circuito hidráulico, câmbio de três velocidades na coluna da direção e barra estabilizadora traseira. A mecânica era encontrada em quatro versões: Motor 151básico (4 cilindros, 2474 cc e 90cv); Motor 151 S (4 cilindros, 2474 cc e 98 cv); 250 (6 cilindros, 4098 cc e 148 cv) e 250 S (6 cilindros, 4098 cc e 153 cv).

    Manteve-se a produção da linha esportiva mais simples - SS 4 cilindros com motor 151S e SS 6 cilindros com mecânica opcional do 250S, lançado em 1976 para se eternizar na mente dos apaixonados.
Em 1978, apesar de poucas mudanças na linha, a Caravan também ganhou sua versão SS.

    Em 1980 é lançado o Diplomata, top de linha, que contava entre outros com direção servo-assistida e condicionador de ar, como item de série. O Diplomata conquista preferência executiva para aqueles que procuravam total conforto sobre rodas.

    No ano de 1981, a linha sofre modificações interiores - volante inovado e painel mais atual. Em seguida lança-se a série Silver Star. No ano de 1983 o câmbio de 5 marchas entra no mercado.



    As modificações ganham maior impacto deixando o Diplomata com aspecto mais agressivo - 1985. A estética externa do Diplomata ganha largas molduras laterais e faróis auxiliares de longo alcance. Internamente, instrumentos com novo designer e a evolução elétrica para controles dos vidros e retrovisores.

    A nova frente, com faróis trapezoidais e lanternas traseiras por toda a largura do veículo é introduzido nos modelos fabricados em 1988, por dentro o volante de três raios escamoteável em sete posições e opcionais inéditos com alarme sonoro para lanternas e faróis quando ligados, controle temporizado dos faróis e luz interna, vidros elétricos com temporizador e ar condicionado com extensão para o banco traseiro (Para o Diplomata SE estes itens eram de série).

    O potente motor 250S a gasolina, somente era oferecido sob encomenda e foi substituído por um modelo alemão, câmbio automático de quatro marchas e bloqueio do conversor de torque.






    Ao lançamento do modelo 90 o motor de 4.1 litros, ganhava suavidade em seu funcionamento, potência e menores emissões. Os pistões ganhavam mais leveza e utilizavam bielas mais compridas, as mesmas dos 4 cilindros, resultando em forças laterais menores, agindo sobre os pistões. Foram modificados o carburador, agora Brosol 3E, coletores de admissão e em conjunto com a curva de avanço do distribuidor. Assim, a potência alterava de 135 cv para 141cv nos motores a álcool, e de 118cv para 121cv para os a gasolina.

    Pára-choques envolventes e janelas sem quebra-vento, chegaram com o modelo 91, as rodas receberam aro 15, pneus 195/65. Para a mecânica, alterava-se os freios a disco nas quatro rodas e direção hidráulica Servotroni, de controle eletrônico.


Caravan Diplomata de 92, espaço, luxo e conforto, aliado a potência e durabilidade do motor Chevrolet.

    A fabricação do fenômeno da industria automobilistica é encerrada. O último Opala é fabricado, no dia 16 de abril de 1992, saindo de linha a mais poderosa produção de conforto, durabilidade e potência, motivo evidente que deixa até hoje milhares de admiradores, que mesmo após 13 anos o consideram "O Imbatível.

sábado, 23 de outubro de 2010

O CHEVROLET OPALA

Para aqueles que conhecem, é inegável a presença dos Opalões 6 'bocas'. Para os que não tiveram a oportunidade de conhecer ou possuir um, fica a memória do carro que revolucionou a indústria automobilística brasileira, o CHEVROLET OPALA.
O Salão do Automóvel de 1968 foi a vitrine escolhida para lançar o projeto 676. O Chevrolet Opala, veículo inovador para a época, representava o início da produção de automóveis pela General Motors do Brasil.

Dois anos de desenvolvimento, baseados no projeto alemão, 500 mil quilômetros rodados, foram componentes fundamentais para a construção da fama que o Chevrolet Opala possui até hoje: Conforto, Qualidade, extrema Durabilidade e Robustez Mecânica Inigualável.

Durante todos os anos de produção ininterrupta, o Opala foi conquistando milhares de consumidores e conseguindo o que poucos automóveis costumam fazer: Conquistar confiança e respeito e tornar centenas de proprietários em verdadeiros fãs. A marca Chevrolet deve muito ao Opala, fundamental para a excelente fama que possui hoje. Cada vez mais confortável e potente, o Opala é único...

É para isso que estou aqui: mostrar a você o que foi e o que é o CHEVROLET Opala, certamente o melhor carro construído no Brasil. Estou reunindo fotos, revistas e recortes para poder 'abastecer' este blog de informações que possam preservar a memória da indústria automobilística brasileira.
Aos poucos e com a ajuda dos amigos, espero poder contar com um grande espaço para que todos os apaixonados por Opalas possam olhar para trás e dizer: ...É, que saudades dos Opalões! Se você possui um Opala ou simplesmente gosta do modelo, mas também dos 'parentes' Camaro, Chevelle, Impala e El Camino, não deixe de escrever e trocar informações. Espero que goste deste trabalho!